quarta-feira, 11 de maio de 2011

Erisipela

Tenho observado o aumento da erisipela em pacientes mastectomizadas no ambulatório, e por causa delas tenho intensificado as orientações e os cuidados que as mesmas necessitam ter com o membro operado, pois descobri que muitas não foram informadas e tão pouco não acreditavam que ocorria em membro superior, somente em membros inferiores. Esta é uma informação que deve ser passada.

O QUE É:

A inflamação dos vasos linfáticos é chamada de linfagite e se for causada por bactérias (streptococo) é denominada de erisipela.

O QUE CAUSA:


É adquirida quase sempre pelas frieiras, porém provocada também por qualquer ferimento. Pessoas de qualquer idade podem ser acometidas, entretanto é mais comum em diabéticos e obesos. 
 A “porta de entrada” deve ser identificada e tratada adequadamente. Não passar cremes, pomadas ou outras substâncias no local sem orientação médica, pois podem ocasionar a piora do caso.

 SINTOMAS

• Edema (inchaço);
• Febre elevada (39° C);
• Náuseas e vômitos;
• Mal estar em geral;
• Dor e vermelhidão na parte atingida. 

É indispensável o tratamento com o médico vascular , já que um único episódio de linfagite e/ou erisipela pode determinar o linfedema, e cada novo surto favorece a instalação do linfedema pós-infeccioso. 

Prevenções e cuidados: 

• Evitar medir a pressão arterial, colher sangue para exames ou receber soro no membro do lado operado; 
• Evitar tomas injeções e /ou vacinas no membro do lado operado; 
• Evitar fazer grandes esforços e traumas no braço do lado operado; 
• Realizar a higiene rigorosa dos pés e das mãos mantendo- os sempre secos e limpos; tratar micoses entre os dedos e unhas, fissuras nos pés e mãos , calos e ferimentos , pois , funcionam como porta de entrada para novas infecções; 
• Acompanhamento com o médico; 
• Acompanhamento fisioterapêutico. 


É possível prevenir a erisipela?

Alguns cuidados podem reduzir as chances de a erisipela aparecer. Entre eles, uma boa higiene diária, com água e sabão neutro, é fundamental. Proteger o local afetado e evitar traumas e cortes também são cuidados importantes. Além disso, evitar e tratar as micoses, por exemplo, entre os dedos ou unhas, pois são “porta de entrada” de infecções. Assim, lavar e secar muito bem as mãos, cortar as unhas após o banho são outras dicas. Nos casos em que a micose já está presente, procurar o médico para o tratamento adequado.

NÃO FAÇA AUTO MEDICAÇÃO

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: 
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

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